A REVOLTA DOS GOVERNADOS DO INVERNO-PRIMAVERA DE 2013 NO BRASIL E SUAS INTERPRETAÇÕES

No Brasil, há uma grande disputa sobre a narrativa da Insurgência dos Governados de 2013. Por razões teóricas/político-eleitorais/ideológicas, muitos intelectuais participam de uma querela sobre os seus motivos, características e resultados. Portanto, apontaremos elementos para identificar o que está por trás de cada uma dessas correntes interpretativas. Faremos também um debate sobre as formas metodológicas de construção da história. No bojo dessa discussão, apresentaremos algumas teses a partir da nossa observação participante, da narrativa de colegas e de diversas fontes secundárias como jornais, revistas, blogs e mídias sociais em geral.

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Relatório preliminar de pesquisa sobre os resultados das eleições no Brasil

UMA ANÁLISE COMPARATIVA DO COMPORTAMENTO ELEITORAL BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 1989 E 2014 Wallace dos Santos de Moraes’ Leia este artigo clicando...
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Petismo e chavismo: variedades de capitalismo e de regulação trabalhista no Brasil e na Venezuela

“Petismo e chavismo: variedades de capitalismo e de regulação trabalhista no Brasil e na Venezuela“  
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2013: Lutas populares na América Latina

2013: ANO DE LUTAS POPULARES NA AMÉRICA LATINA Wallace Moraes, Anízio Lobo, Lucas Bártolo[1] Obs: este artigo foi publicado originalmente na revista “Caros Amigos” n. 201 de dezembro de 2013. As confluências entre a história dos países latino-americanos persistehá séculos e mantém-se até os dias atuais. Como muito bem observou Eduardo Galeano (in “As veias abertas da América Latina”), o continente foi pilhado pelos exploradores em mais de 500 anos de assassinatos, apropriação indébita das terras indígenas, escravidão, humilhação, estupros e exploração. Em contraposição, foram registrados inúmeros casos de insurgência dos governados. Negros escravos formaram quilombos livres; operários animaram muitas greves; a luta campesina e indígena marcou vários países. Enfim, são múltiplos os exemplos. A experiência das manifestações ocorridas no ano de 2013 no Brasil nos remete a uma inquietante questão: existiram protestos na América Latina similares aos nossos? Tanto a ação dos manifestantes, quanto a repressão governamental estiveram presentes de maneira similar? Peguemos os exemplos de Colômbia,Chile e Méxicopara análise. 2013 NA COLÔMBIA O ano de 2013 na Colômbia marca o auge de um período iniciado em 2008 com as enormes mobilizações indígenas e camponesas. Desde o mês de junho deste ano, a luta dos trabalhadores agrários tem reunido dezenas de milhares de camponeses contra as políticas governamentais. A ação direta foi prática recorrente dos revoltosos. Todos da linha de frente dos enfrentamentos com as forças policias usavam máscaras ou camisas nos rostos para não serem identificados. A resposta do governo ao apelo popular por melhores condições de trabalho, demarcação de terras etcveio através dos ataques militares do exército, da polícia e do esquadrão anti-distúrbios, resultando no assassinato de pelo menos quatro camponeses. O presidente Juan Manuel Santos,para justificar a repressão,afirmou que os manifestantes eram guerrilheiros e terroristas. A grande mídia chamou os campesinos insurgentes de “vândalos”. O aumento da repressão, porém, não freou as mobilizações; ao contrário, parece tê-las impulsionado. No mês seguinte, milhares de pessoas, entre membros de comunidades afro, indígenas e trabalhadores das pequenas, médias e artesanais mineradoras do departamento de Chacó foram às ruas. Do mesmo modo, essas manifestações foram fortemente reprimidas. Em agosto, deu-se início à Paralisação Agrária Nacional e Popular, liderada pelos movimentos camponeses e com a adesão de diversos segmentos da classe trabalhadora colombiana, como os profissionais da saúde, educação, mineração e transporte, além das organizações sindicais. Trezentos e trinta mil professores da rede pública de ensino entraram em greve pelo...
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SOCIALISMO DEL SIGLO XXI OU CAPITALISMO DE LAS CALLES?

SOCIALISMO DEL SIGLO XXI OU CAPITALISMO DE LAS CALLES? QUAL O REAL SIGNIFICADO DA ‘ERA CHÁVEZ’ NA VENEZUELA?   Artigo publicado na Revista Eletrônica Tempo Presente – IH/UFRJ   Wallace dos Santos de Moraes [i] Resumo: O principal objetivo deste artigo é discutir o significado da Era Chávez (1999-2013) na Venezuela. Começamos com uma breve discussão bibliográfica. Depois, apresentamos as principais teses que sustentam o conceito de “Socialismo del siglo XXI” e fazemos um histórico recente abordando as principais políticas públicas adotadas pelo governo Chávez. Tratamos, ainda, de algumas diferentes teses acerca do conceito de socialismo. Por fim, sob uma perspectiva libertária de análise, propomos um novo conceito para classificar o chavismo, denominado por nós de “Capitalismo de las Calles”. Palavras-chaves: Hugo Chávez, Capitalismo de las Calles e Socialismo do Século XXI. Abstract: The main objective of this paper is to discuss the significance of the Chávez Era (1999-2013) in Venezuela. We begin with a brief discussion of the literature. The main thesis that underpins the concept of “Socialismo del siglo XXI” are presented and then the recent history of public policies adopted by the Chávez government are addressed. The different theories concerning the concept of socialism are also dealt with. Finally, from an anarchist perspective, we proposed a new concept for classifying “Chávezism”, that we call “Capitalismo de las Calles”. Key Words: Hugo Chávez, Capitalismo de las Calles, 21st Century’s Socialism. Introdução O chavismo tem suscitado grandes paixões nos corações e mentes de intelectuais e militantes pelo mundo, como, aliás, tudo que diz respeito à Venezuela na última década. Isso acontece porque a Era Chávez (1999-2013) caracterizou-se por estabelecer políticas diversas das hegemônicas, indo de encontro ao proposto pelos EUA e pelos órgãos financeiros e políticos internacionais. Este fato por si só justifica que estudemos com rigor as políticas públicas que colocaram o pequeno país caribenho no centro do cenário mundial, perscrutando o significado do chamado “socialismo do século XXI”. As interpretações acerca do supracitado conceito são distintas e requer que façamos uma breve apreciação, a partir de ângulos diferentes. Vejamos. Podemos classificar um dos ângulos como tipicamente liberal. Como é sabido, o liberalismo se coloca num campo absolutamente oposto ao socialista. Assim, o bolivarianismo aparece como um anátema para aqueles que defendem as ideias de John Locke na América Latina e no mundo. Não obstante, reproduzimos abaixo algumas interpretações emblemáticas do pensamento liberal, hegemônico nos meios acadêmicos...
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O ponto cego das análises liberal, autoritária e social-democrata acerca da relação capital-trabalho no Brasil

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O clamor dos industriais pela intervenção do Estado na relação capital-trabalho antes de 1930

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Direito do Trabalho como um Direito Humano – Notas para o Estudo da História do Direito do Trabalho no Brasil

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Por que Chávez chegou ao poder e como permanece por mais de uma década

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Poliarquia em 4D e uma provocação mais que democrática

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Um capítulo esquecido da história do direito: A formação do capitalismo de uma contradição interna dos direitos humanos

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Interesses das associações coletivas do empresariado e políticas públicas no Brasil na virada do milênio

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O Presidente Operário Sindicalista e a Vitória da Conciliação no Direito do Trabalho

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Estado, capital e trabalho no contexto pós-neoliberal na América Latina – algumas hipóteses de pesquisa

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